terça-feira, 12 de junho de 2012

O Rei do Rock


Se você digitar em um navegador ‘O Rei do Rock’ com certeza entre os primeiros links irá aparecer Elvis Presley. Conhecido também como o branco mais negro do rock e não foi à toa que ganhou esta fama; muitos gostam de minimizar o seu talento dizendo que ele fez sucesso por ser branco e bonito. Agora olhando bem para trás muitos negros e brancos já vinham fazendo sucesso, antes de Elvis, desde as décadas de 30 e 40. A diferença é que ele foi o que se chama de um artista completo, além de ser músico tinha talento também para a dança e atuação, possuindo uma discografia e também uma filmografia; e todos esses talentos foram explorados muitas vezes em conjunto o que obviamente lhe trouxe uma maior atenção da mídia.
Segundo os biógrafos Elvis nunca fez aula de canto, era barítono e atingia 3 oitavas, como a Dama do Jazz Ella Fitzgerald; se olharmos com um pouco de atenção e pesquisarmos sobre sua carreira tira-se qualquer dúvida sobre seu sucesso vir nas costas da beleza; basta assistirmos algumas de suas performances ao vivo, nelas podemos ver o que já sabemos que cantar e dançar exige muito esforço e coordenação motora e nisso o Rei impressiona qualquer um.
Muito se falou também ‘mas não foi o Elvis que inventou o Rock, foi fulano, foi ciclano’  sim ok realmente, mas o feito dele foi maior que o entretenimento; em um período de severas diferenças raciais ele conseguiu com a sua música unir negros e brancos, não cantando “suas” canções mas cantando juntamente com eles também mostrando que não havia diferença alguma, claro que essas apresentações geravam muitas polêmicas mas como mudar toda uma cultura de pensamentos errados sem alguma polêmica? Uma das primeiras situações que gerou esta grande polêmica foi quando a NCB TV colocou no ar o seu Especial (aquele que foi considerado o primeiro acústico da história), logo após a morte do seu conterrâneo Martin  Luther King, onde ele sobe ao palco com o grupo The Blossons formado pelas cantoras negras Fanita James, Jean King, Darlene Love, óbvio que não é preciso descrever aqui todos os absurdos gerados em volta o que importa é que esses absurdos ficam cada vez mais longe ao longo da história.
Enfim sua contribuição foi além da arte, foi também para a humanidade, sem discursos pedantes apenas sendo ele e sua música e o mundo o recebeu de braços abertos.

Sabrina Kwaszko publicado no site FutMus em 04/05/2012

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