por Sabrina Kwaszko
A década de 70 iniciou-se com jovens esperançosos que acreditavam que poderiam acabar com a guerra do Vietnã apenas com flores e desejos de paz e amor nos EUA, enquanto que no Brasil os mais corajosos estavam lutando contra a censura na arte e na imprensa imposta pela Ditadura do Regime Militar que governava o país. A imprensa chamava os anos 70 de “A década de Chumbo” que já começou com os ministros militares e ministros civis que assumiram ao governo aprovando a Lei de Segurança Nacional, que institucionalizou a pena de morte e a prisão perpétua em território brasileiro; 18 milhões de brasileiros tiveram seu direito a democracia suspendido e a validade da Constituição Brasileira ignorada e cancelada.
A década de 70 iniciou-se com jovens esperançosos que acreditavam que poderiam acabar com a guerra do Vietnã apenas com flores e desejos de paz e amor nos EUA, enquanto que no Brasil os mais corajosos estavam lutando contra a censura na arte e na imprensa imposta pela Ditadura do Regime Militar que governava o país. A imprensa chamava os anos 70 de “A década de Chumbo” que já começou com os ministros militares e ministros civis que assumiram ao governo aprovando a Lei de Segurança Nacional, que institucionalizou a pena de morte e a prisão perpétua em território brasileiro; 18 milhões de brasileiros tiveram seu direito a democracia suspendido e a validade da Constituição Brasileira ignorada e cancelada.
Na
música assim como outras artes nada seria apresentado ou publicado sem
passar pelos olhos do censor que estavam sempre prontos pra prender e
torturar qualquer um que se opusesse ao Regime Militar.
E com tudo isso no Brasil nascia uma das maiores bandas da história nacional consagrada ainda hoje mundialmente Secos e Molhados formada por Ney Matogrosso (vocal), João Ricardo (violões de 6 e 12 cordas, harmônica de boca e vocal), Gerson Conrad
(violões de 6 e 12 cordas e vocal), Marcelo Frias (bateria e
percussão), Sérgio Rosadas (flauta transversal e flauta de bambu), John
Flavin ( guitarra e violão de 12 cordas), Zé Rodrix (piano, ocarina e
sintetizador), Willi Verdaguer (baixo) e Emilio Carrera (piano); o
primeiro disco chamado de Secos e Molhados foi um grande sucesso, em
dois meses já haviam vendido 300 mil cópias. E mesmo com toda a sua
expressão musical contra a ditadura e visual com seus figurinos e
maquiagens excêntricas conseguiram passar por cima da ditadura com
músicas como “Sangue Latino” e “Rosa de Hiroshima”, o
sucesso foi tanto no primeiro show que compareceu o triplo de público
esperado e a agitação só pode ser contida com ajuda policial, quanto aos
próximos shows não foi muito diferente sempre ingressos esgotados
e o público que ficava do lado de fora insatisfeito. Foram grandes
destaques do Rock Nacional Raul Seixas que também conseguia burlar a
ditadura e fazer suas críticas, e Rita Lee teve as músicas “Moleque Sacana” e “Gente Fina”
censuradas, a primeira por causa da palavra sacana, considerada
obscena, a segunda porque poderia ferir os bons costumes da época,
irônica e feminista na época marcou a década com o álbum Fruto Proibido – Rita Lee e Tutti-Frutti.
Músicos
e musicistas de coragem que enfrentaram a ditadura em nome de todos,
principalmente dos exilados e torturados, e que servem de exemplo para
todos nós.
Rita Lee e Tutti-Frutti
Por mim publicado no site FutMus em 04/03/2012
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